Toth Pet

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Coceira e mau cheiro podem indicar otite em cães e gatos


Thomas Hawk/Creative Commons

Thomas Hawk/Creative Commons
    Um dia você percebe que seu cachorro está coçando as orelhas. Balança a cabeça sem parar. Você tenta achar o motivo. A primeira coisa que vem a cabeça é alergia ou talvez pulga. Mas seu peludo pode estar com otite (inflamação do ouvido).
     A otite é muito comum dentro dos consultórios e casas (não só de pets), e chega sem ninguém perceber. Mas seu tratamento pode demorar mais do que gostaríamos.
     Para entender melhor sobre esse assunto, procurei a médica veterinária Daniela Baccarin. Ela explicou que muitos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da otite externa.

Principais causas 

Tobias Klüpfel/Creative Commons
Tobias Klüpfel/Creative Commons
  • processos alérgicos
  • ectoparasitas (pulga, carrapato e sarna)
  • desordens de queratinização (seborreia)
  • doenças autoimunes
“Esses fatores, também conhecidos como causas primárias, são os responsáveis por causar a inflamação que levará a uma série de alterações no conduto auditivo (aumento da temperatura e umidade, vermelhidão, edema e dor) permitindo que bactérias e leveduras (fungos), naturalmente presentes no mesmo, se multipliquem perpetuando a inflamação e, consequentemente, o agravamento do caso” complementa Dra Daniela.

Como evitar

Justin LaBerge/Creative Commons
Justin LaBerge/Creative Commons
  •     Alguns animais, como os das raças Cocker Spaniel, Labrador e Golden Retriever, possuem aquela orelha fofa, para baixo (orelhas pendulares). Essas características anatômicas proporcionam um ambiente mais favorável à replicação das bactérias e leveduras. Por isso, devem ter mais cuidado e inspecionar as orelhas com mais frequência (semanalmente), para prevenir uma possível otite ou verificar qualquer tipo de alteração.
  •      Aqueles cães e gatos com muito pelo no conduto auditivo também devem ter mais cuidado. O ideal é aparar (não arrancar!) os pelos, para facilitar a ventilação do conduto.
  • se o animal de estimação pratica natação, costuma entrar em lagos ou é banhado frequentemente, proteja os condutos auditivos com algodão parafinado para impedir a entrada de água.
  • limpar excessivamente a orelha também pode facilitar a otite. Ter cerúmen (cera) no conduto auditivo é normal. Só se torna preocupante quando há em excesso ou com odor forte.
  • a limpeza da orelha deve ser feita somente quando há excesso de cerúmen, com produtos desenvolvidos especialmente para essa finalidade (outros produtos como, por exemplo, o álcool podem irritar).
  • usar antiparasitário (antipulgas e anticarrapatos) também ajuda a prevenir a otite.

Principais sintomas da otite

  • Tjarko Busink/Creative Commons
Tjarko Busink/Creative Commons
  • coceira intensa
  • excesso de cerúmen
  • odor desagradável
  • sensibilidade ao toque (dor)
  • surdez
Importante: se observar qualquer um desses sintomas, consulte o médico veterinário imediatamente.
Por que a otite é tão difícil de ser curada?

ginfox/Creative Commons
ginfox/Creative Commons
Se seu cachorro ou gato já teve otite, você sabe o quão chato e demorado pode ser o tratamento. Mas a Dra Daniela orienta: “muitos casos de otite externa acabam se agravando ou se tornando recorrentes devido à baixa adesão dos proprietários às recomendações prescritas pelos médicos veterinários”.
Também é muito importante que o médico veterinário descubra quais as bactérias ou fungos podem estar associados, além do motivo que originou essa otite. Sem isso, realmente o tratamento pode demorar mais do que o desejado. Tudo isso, pois, se não tratada adequadamente, a otite pode evoluir para surdez e até complicações neurológicas.
Por isso, notou algum comportamento diferente do seu peludo, procure imediatamente o médico veterinário e siga a risca todas as recomendações prescritas.
Fonte: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/comportamento-animal/coceira-e-mau-cheiro-podem-indicar-otite-em-caes-e-gatos/

sábado, 5 de março de 2016

A primeira noite do filhote no lar


Receber um filhote em casa é muito legal. Seu cheiro, feições, atos. Tudo nos reporta à afetividade e zelo. Claro, se estamos interessados em não só termos um brinquedo, precisamos pensar nas condições físicas e emocionais que vamos proporcionar ao novo membro da família. Por isso, devemos pensar desde o início em como vamos recebê-lo.
Hoje, vamos falar sobre a primeira noite do filhotinho em nossas casas. Imagine você que o filhote foi retirado do seio maternal aos 45 dias de vida (o mínimo para que o animal tenha tido uma socialização com os seus irmãos e com mãe, pois a educação e a montagem psicológica se iniciam nessa relação) e se vê às mãos de pessoas, seres de outra espécie, ainda que amorosos. Então, o filhote é levado para a casa dos novos donos e ele não conhece o lugar. Pois bem, o que fazer para o filhote se adaptar a essa nova vida?
  • Ainda junto à mãe, procure se certificar de que o animal tem 45 dias de idade no mínimo.
  • Peça ao dono da mãe que separe algum tecido e coloque junto à ninhada, para que você possa levar junto com o seu filhote.
  • Procure levar o filhote o mais cedo possível para casa. Não deixe para ir buscá-lo à noite. Chegue cedo em casa com ele e o deixe reconhecer o ambiente, brinque, alimente-o e passe o dia inteiro com ele, se possível, no local onde ele vai dormir (não pense em deixá-lo na garagem ao chegar à noite em casa e porque você não tem vizinhos por perto ele pode chorar à vontade, que ele vai acabará se cansando e dormindo).
  • Certifique-se sobre a alimentação ele está recebendo e dê continuidade a ela.
Fizemos tudo isso e ainda assim o filhote pode passar a noite toda chorando na área onde ele deve permanecer ou no seu quarto, um local um pouco mais aconchegante para o pequeno. Isso pode ser um grande problema, ainda mais quando se mora em apartamento, onde podem surgir problemas com os vizinhos.
Não é uma situação insolúvel, ok? Isso é possível, mas, se não se deseja que o cachorro passe a morar no quarto com vocês, é preciso buscar uma adequação. O que será necessário é conduzir o bichinho gradativamente para a área definitiva.
Depois que ele estiver adaptado em uma caminha (claro, se você colocá-lo para dormir na sua cama, será mais um processo para se passar, mas é mais ou menos a mesma coisa em termos de deslocamento, no entanto, como adestradores não recomendamos esse tipo de comportamento, pois favorece ao desenvolvimento, em conjunto com muitas outras coisas, ao que chamamos de “ansiedade da separação”, motivo de outra discussão), desloque-a em direção ao local definitivo, levando-a de meio em meio metro, a princípio, para que ele não perceba uma mudança brusca. Depois que a caminha sair do quarto, os passos serão mais largos. Caso volte a chorar ou não queira ficar na caminha, regrida, volte 25 cm.
Claro, alguns vão ser mais resistentes e o processo pode demorar mais ou o deslocamento pode ser mais gradativo. Outros, por outro lado, nem sentirão a diferença e logo vão chegar ao local desejado, mas respeite a individualidade do seu filhote: não force, deixe acontecer. Incentivar o filhote a brincar e se alimentar no local definitivo também ajuda.
Finalmente, no local definitivo, lembre-se de que ele está apegado à família nesse ponto, então, deixe a caminha mais próxima possível de onde as pessoas costumam ficar e não nos fundos da casa.
Boa sorte!
Fonte: http://somospetz.com.br/alexandre-rossi/a-primeira-noite-do-filhote-no-lar/

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Principais doenças dos gatos

Gato doente


Licença: 
CC Attribution 2.0
Apesar das nossas impressionantes sete vidas, a verdade é que há dias em que também nos vamos abaixo. Por vezes, damos bem nas vistas que não nos estamos a sentir a 100%, mas como também somos muito solitários e não vos queremos preocupar, retiramo-nos e sofremos sozinhos, na esperança que aquilo que nos aflige vai passar rapidamente. Claro que isto nem sempre será o nosso melhor remédio, por isso, e como sempre, contamos com os nossos maravilhosos donos para nos manter saudáveis. Esteja atento aos sintomas que lhe vou apresentar – todos estão relacionados com as principais doenças que afetam os gatos – e nunca se esqueça da minha consulta anual com o Dr. Veterinário.

 

Peritonite Infecciosa Felina (PIF) 

O que é?
Um vírus que contamina o abdómen, o fígado, rins, cérebro e sistema nervoso, criando, nessas zonas, abcessos e infeções. A transmissão pode ocorrer de duas formas: através do contacto do gato saudável com as fezes de um felino contaminado (por exemplo, se existem vários gatos a partilhar a mesma liteira) ou através da amamentação, em que a gata infeta as suas crias.

Sintomas?
Perda de apetite, emagrecimento, anemia, diarreia, febre constante, abdómen distendido, gânglios linfáticos aumentados (até dá suores frios só de pensar!).

Cura?
Infelizmente, esta é uma doença fatal para nós, não existindo qualquer cura. Uma vez diagnosticada, podemos não viver muito mais tempo. Aqueles que conseguem fazer frente à PIF podem viver mais dois anos no máximo, com a ajuda de um tratamento de apoio.

 

Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV)

O que é?
Afetando exclusivamente os gatos, o FIV é um vírus que diminui drasticamente as nossas capacidades imunitárias, o que proporciona o fácil aparecimento de infeções e outras doenças. É transmitido por um gato infetado, nomeadamente na transmissão de sangue, sendo este género de contacto extremamente frequente durante as “lutas” de gatos onde as nossas “mordidelas” provocam feridas abertas.

Sintomas?
Podemos viver muitos anos (até cinco!) antes de descobrirmos se somos FIV positivos mas, se sintomas como falta de apetite, emagrecimento, febre, diarreia ou dificuldades respiratórias persistirem, é melhor levar-me ao Dr. Veterinário para fazer o teste.

Cura?
Uma vez transmitido, o vírus aloja-se no nosso corpo para sempre. Não existe cura, mas podemos viver uma vida normal e longa, desde que o nosso dono nos proporcione uma alimentação saudável e equilibrada, complementada com suplementos vitamínicos; que assegure que as nossas vacinas estejam sempre em dia, mantendo-se sempre atento à nossa condição física; e, claro, manter-nos dentro de casa (não se preocupe, nós até gostamos!) para não correr o risco de ficarmos doentes e para não podermos infetar nenhum dos nossos conterrâneos.

 

Vírus da Leucose Felina (FeLV)

O que é?
Tal como o FIV, também o FeLV é imunodepressivo, retirando ao nosso sistema imunitário, de forma gradual, a capacidade de se defender contra as doenças ou infeções mais banais, podendo essas ser, muitas vezes, fatais. Para além de um maior risco na contração de infeções várias, o FeLV está também associado ao desenvolvimento de tumores ou leucemias mortais. Este vírus, que só pode ser transmitido entre gatos, transmite-se pela saliva, lágrimas, urina, fezes ou através do leite, na fase da amamentação.

Sintomas?
A descoberta do vírus do FeLV é normalmente antecedida por sintomas como: perda ou falta de apetite, anemia, diarreia, doença respiratória crónica, infeções crónicas da boca, abcessos persistentes e recorrentes. No entanto, cerca de 25 a 30% dos gatos contagiados rejeitam o vírus, evitando assim a infeção; aproximadamente 30% mantém uma concentração elevada do vírus no sangue, com o risco de contrair linfoma ou outra doença associada ao FeLV; os restantes 40% desenvolvem uma infeção que acaba por passar, mas tornam-se portadores do vírus, que poderá ser facilmente ativado se o nosso sistema imunitário estiver debilitado ou exposto a outras doenças. Tenho o pelo todo em pé só de pensar…

Cura?
Não existindo ainda qualquer cura, dependemos dos cuidados paliativos e de alguns cuidados básicos como a boa alimentação e alguns suplementos vitamínicos; evitar o contacto físico com outros animais; não partilhar comedouros, bebedouros, brinquedos e liteiras; e manter-nos dentro de casa. Em média, um portador deste vírus vive dois anos, mas existem estudos que apontam para uma taxa de sobrevivência de três anos e meio para cerca de 83% dos felinos. Entretanto, existe uma vacina contra o FeLV que o seu gato pode e deve levar. Informe-se junto do Dr. Veterinário – nós agradecemos!

 

Síndrome Urológico Felino (SUF)

O que é?
Engloba um conjunto de problemas inflamatórios no sistema urinário dos gatos, nomeadamente a cistite (inflamação da bexiga), a infeção (o sangue, o muco e outros produtos associados à zona inflamada proporcionam a multiplicação de bactérias); urolitiase/bloqueio utretral (a cristalização de minerais e a irritação da bexiga e da uretra provocam a formação de cálculos que podem entupir ou dificultar a saída de urina); uremia (acumulação de detritos intoxicantes no sangue, o que é muito perigoso; a inabilidade de urinar significa a acumulação de urina na bexiga e a incapacidade dos rins eliminarem os resíduos).

Sintomas?
Uma enorme dificuldade em urinar (mesmo pequenas quantidades!) ou a incapacidade de o fazer por completo. Se verificar que não urino no local habitual ou se a minha urina está manchada de sangue, leve-me ao Dr. Veterinário! No caso da uremia, existem ainda outros sintomas – depressão, vómito, fraqueza e colapso – que podem levar ao coma ou à morte.

Cura?
Sendo uma doença bastante comum nos gatos, é facilmente tratada (uuuffff!), a começar pela administração de medicamentos adequados e que o Dr. Veterinário receitará. Só em casos extremos é que posso necessitar de uma intervenção cirúrgica (desde que me vá visitar!). Para evitar o SUF por completo, bastam alguns cuidados simples: uma alimentação salutar, rações de elevada qualidade, a ingestão de muita água, ambientes anti-stress e anti-doenças.

 

Diabetes

O que é?
A diabetes é uma doença causada pelo aumento da quantidade de glicose sanguínea, ou seja, de açúcar no sangue. No entanto, é melhor definida como a incapacidade do pâncreas de produzir insulina, a hormona que regula os níveis de sangue no açúcar. À medida que a glicose se vai acumulando, e na falta da preciosa insulina, o organismo tenta eliminá-la das mais variadas formas e aí surgem os diferentes sintomas. Para além da predisposição genética, a diabetes ataca principalmente os gatos obesos.

Sintomas?
Normalmente, esta doença evidencia-se nos gatos a partir dos seis anos de idade, manifestando-se através de uma sede excessiva, o que os leva a urinar muito mais do que o habitual; juntamente com a perda de peso, apesar do seu apetite normal, que entretanto pode ter aumentado.

Cura?
Como em qualquer situação relacionada com a saúde, quanto mais cedo for detetada a doença, mais depressa se começa a tratá-la convenientemente. Felizmente para nós (e para vocês também!) a diabetes é uma condição que pode ser perfeitamente controlada! Como? Vou ter de tomar insulina e seguir uma dieta específica durante o resto da minha vida. Se me ajudar, eu consigo!

 

Obesidade

O que é?
Um em cada dez gatos é obeso, ou seja, tem peso a mais (terá a ver com a dupla comer e dormir!?) e as causas são várias: vida sedentária, muitas guloseimas e restos de comida na alimentação, deixar o prato de comida sempre à nossa disposição, o dar de comer entre refeições ou cada vez que nós pedimos (sim, sabemos fazer isso melhor que ninguém!).

Sintomas?
Este desequilíbrio nutricional que depressa se evidencia através da acumulação de gorduras indesejadas e pouco saudáveis, pode ter efeitos nocivos a longo prazo: diabetes, problemas pulmonares, dificuldades cardíacas, problemas locomotores e articulares. E qualquer uma destas doenças diminui drasticamente a nossa esperança de vida (nem as outras seis vidas nos podem salvar aqui!).

Cura?
Não há outro remédio senão incutir bons hábitos no quotidiano do seu felino… não sei se gosto muito do que estou a ler, mas como diz o outro: “primeiro estranha-se depois entranha-se”! Estabelecer um horário fixo para as refeições, que devem ser apenas duas por dia; incentivar os gatos a brincarem e a fazer algum exercício físico regular.
Fonte: http://ronronar.com/como-cuidar/principais-doencas-gatos